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domingo, 21 de agosto de 2011

Substâncias ergogênicas

O auxílio ergogênico é fato presente desde a antiguidade, quando era baseado em superstição e atos ritualísticos. Atletas e soldados eram preparados com dietas constituídas de partes específicas de animais com o intuito de conferir agilidade, velocidade e força (Applegate e Grivetti, 1997).
O conhecimento fisiológico do organismo do atleta promoveu o aparecimento de substâncias químicas de diferentes origens e formas de ação, com o objetivo de aumentar a capacidade de força e resistência orgânica. Creatina, carnitina, bicarbonato de sódio, cafeína, ginseng, esteróides anabólicos, hormônio do crescimento, picolinato de cromo, ioimbina, bebidas hiperprotéicas etc. têm sido utilizadas, por vezes, de forma indiscriminada e sem orientação especializada (Clarkson, 1996).
Entretanto, pouco se sabe sobre seu real valor na atividade física. O uso incorreto dessas substâncias é fato comum entre atletas sendo inversamente proporcional ao conhecimento de seus efeitos benéficos e prejudiciais pelo atleta. Sugere-se que algumas substâncias, quando utilizadas adequadamente e com orientação adequada, poderiam beneficiar determinadas categorias de atletas. Num estudo efetuado em 509 estudantes, Massad et al. (1995) observaram menor uso de suplementos quando houve maior conhecimento de seus efeitos, demonstrando claramente a importância educacional nesta população. O uso de substâncias como a cafeína e hormônio do crescimento foi proibido pelo comitê olímpico internacional, mas continuam a ser utilizadas, especialmente em atividades esportivas cujo exame de detecção não é obrigatório.
A melhor compreensão, do profissional de saúde e do atleta, e a divulgação científica baseada em trabalhos bem planejados trarão modificações importantes na conduta e performance do atleta, com benefícios refletidos em seu resultado final na competição e no seu estado de saúde.

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