A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune, caracterizada pela inflamação das articulações e que pode levar a incapacitação dos pacientes por ela acometidos. As membranas mais afetadas são das articulações das mãos, pés, punho, tornozelo e joelhos.
A característica elementar é uma sinovite inflamatória que acarreta destruição de cartilagem e erosões ósseas, tendo assim como conseqüência a deformidade articular.
A AR acomete mais os indivíduos do sexo feminino (de 3 a 5 vezes mais do que os do sexo masculino). E tem seu pico de incidência entre 35 e 55 anos.
Segundo a American College of Reumatology, os critérios diagnósticos da doença são: rigidez articular matinal com duração maior ou igual a uma hora; edema (inchaço) de 3 ou mais articulações; edema das articulações das mãos (dedos), interfalangeanas, e/ou pulso (punho) metacarpofalangeanas; edema bilateral dos tecidos moles periarticulares; presença de nódulos subcutâneos; fator reumatóide no sangue positivo; erosões articulares e/ou com diminuição da densidade óssea, nas mãos ou pulsos, observadas em exames radiológicos.
Com a progressão da doença, os pacientes com AR desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, com impacto econômico significativo para o paciente e para a sociedade.
Ainda não se conhece a causa da AR, mas sabe-se que há o envolvimento de fatores genéticos. Sugere-se que a suscetibilidade genética seja responsável por 30% do risco de desenvolvimento da doença.
Os objetivos principais do tratamento do paciente com AR são: prevenir ou controlar a lesão articular, prevenir a perda de função e diminuir a dor, tentando maximizar a qualidade de vida desses pacientes.
A exposição a antígenos desencadeia resposta imunológica resultando em uma cascata de atividade celular e uma resposta inflamatória nas articulações. Neste contexto, a nutrição age com os antioxidantes, indiretamente, como para de um sistema de defesa endógeno.
A capacidade antioxidante das vitaminas C, A e E é bem conhecida, bem como, do selênio, desempenhando papel importante na prevenção e/ou na melhora do estresse oxidativo. Considerando que o radicais livres também são importantes para o funcionamento imunológico normal, é provável que haja um desequilíbrio entre a produção excessiva natural de radicais livres e uma deficiência de antioxidantes.
Alguns estudos mostram a associação negativa entre o consumo excessivo de carne vermelha e o risco de desenvolver a AR. Ainda, não foram encontrados resultados convincentes de que o consumo de café, chá e álcool contribua para a instalação da artrite reumatóide.
Há boas evidências mostrando os benefícios do uso de ômega-3, principalmente, no controle da dor. Segundo alguns autores, as doenças degenerativas, como a artrite reumatóide, estão relacionadas em parte à desproporção atual da concentração dos ácidos ômega-6 e ômega-3 que constituem nossa alimentação, ou seja, uma grande concentração de ômega-6 e uma escassez de ômega-3.
Assim, é consenso científico de que é necessário reduzir a quantidade de ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 das dietas e aumentar a concentração de ácidos ômega-3.
Embora as evidências do papel da alimentação no tratamento da artrite reumatóide ainda sejam escassas, é sabido a importância de um padrão alimentar rico em frutas, legumes e verduras, os quais vão oferecer antioxidantes e, o consumo de peixes oleosos e azeite de oliva.
Fontes: Sociedade Brasileira de Reumatologia – Nutrição em pauta
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