Os laxantes são substâncias que têm por finalidade aumentar o número de evacuações. São indicados quando a terapia nutricional oral não é eficiente nos casos de constipação crônica e no uso a longo prazo de medicamentos como narcóticos e analgésicos. O uso de laxantes está indicado ainda para prevenir o sangramento nas hemorroidas e para evitar o esforço evacuatório nos casos de infarto do miocárdio.
Os laxantes do tipo umectantes (encontrados na forma de óleo) permitem a entrada de água nas fezes, tornando-as macias. O cuidado nutricional se deve ao fato do fármaco diminuir o potássio sérico e aumentar a glicemia.
Os lubrificantes, como o supositório de glicerina e vaselina líquida, atuam no cólon sigmóide, amolecendo as fezes e facilitando a passagem do bolo fecal. Podem interferir na absorção de água, eletrólitos e vitaminas.
A lactulose (encontrada na forma de xaropes) é utilizada nas hepatopatias crônicas no tratamento da encefalopatia, por ser um anti-hiperamonemiante (impede a elevação no nível de amônia no sangue). Deve ser ingerida junto com alimento e pode provocar diminuição da absorção de vitaminas lipossolúveis, vitamina K e ocasionar aumento da glicemia.
Os laxantes do tipo catárticos estimuladores, aumentam a motilidade intestinal e causam dores abdominais. O uso por tempo prolongado pode levar à hipopotassemia e à perda da integridade estrutural da parede intestinal. Óleo de rícino, bisacodil e fenolftaleína fazem parte deste grupo e não devem ser utilizados para tratamento da constipação intestinal, pois diminuem a absorção de gorduras, de glicose e das vitaminas A, C, D, E, K, além de cálcio, potássio e eletrólitos.
Cascara sagrada (planta que pode ser encontrada na forma de cápsulas) e sene (planta geralmente utilizada na forma de chás) aumentam o peristaltismo e o reflexo gastrocólico, com consequente aumento da excreção fecal. São irritantes da mucosa intestinal e podem causar dor abdominal intensa, diarréia, náuseas. Seu uso está associado à depleção de eletrólitos, água, cálcio, potássio e lipídeos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário