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sábado, 13 de agosto de 2011

Diferença entre alergia e intolerância alimentar

Embora muitas vezes usados como sinônimos, é importante estabelecer a diferença entre alergia e intolerância, pois suas consequências podem ir de um mal-estar ao risco de vida.

Alergia Alimentar ou Hipersensibilidade ao Alimento

Alergia é um termo utilizado para descrever uma reação imunológica a algo (que é o alérgeno) considerado estranho pelo organismo. No caso da alergia alimentar o que é estranho ao organismo é a proteína presente no alimento, que é para a maioria da população inofensiva.

Principais alimentos causadores de alergia

Leite de vaca, farinha de trigo, ovo e amendoim em crianças, enquanto que nos adultos são: frutas e vegetais, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.

Sintomas

Os sintomas mais frequentes (70%) da alergia alimentar são gastrointestinais: diarréia, náusea, vômitos, espasmos, distensão abdominal e dor; 24% dos sintomas são reações dérmicas; 4% respiratórias; e 2% envolvem outros sistemas.

Urticárias: Placas avermelhadas e inchadas pelo corpo que provocam intensa coceira);

Rinite alérgica: Coceiras no nariz, espirros sucessivos, coriza e congestionamento da mucosa nasal, dificultando a respiração,  

Asma Brônquica: Tosse, chiado no peito e dificuldade de respirar provocada pela contração dos brônquios.  

Distúrbio no Aparelho Digestivo: Náusea, cólica, vômito, e diarréia, esses sintomas podem ocorrer separadamente ou nessa sequência.

Edemas: Inchaço e vermelhidão nas mucosas, como lábios, pálpebras e orelhas.

Edema de Glote: Inchaço na cavidade interna (mucosa) da garganta, provocando dificuldade respiratória

Choque Anafilático: Reações generalizadas e agudas (desenvolvem-se em poucos minutos), começam com coceira nas mãos, gosto de metal na boca, tosse, coceira no corpo, desmaio e possível parada cardiorespiratória.

Diagnóstico

O diagnóstico da alergia alimentar é de difícil precisão e feito sempre sob orientação médica. O método  mais utilizado é o de abolir o consumo dos grupos alimentares suspeitos por um período de tempo determinado e depois voltar a incluí-los na alimentação e observar o aparecimento dos sintomas. Outro exame típico é o teste sensibilidade cutânea, além da análise minuciosa do histórico clínico do paciente.

Tratamento

A cura definitiva para a alergia alimentar crônica não existe, sendo assim, o tratamento consiste na exclusão dos alimentos que tem na sua composição a proteína da qual se tem alergia. A utilização de remédios antialérgicos combate apenas os sintomas causados pela alergia. O que é pertinente ressaltar é que algumas alergias alimentares não são crônicas, ou seja, o indivíduo com o passar dos anos pode então não apresentar mais a sensibilidade a determinado tipo de alimento.

Intolerância Alimentar

A intolerância trata-se de uma reação adversa que envolve a digestão ou o metabolismo, mas não o sistema imunológico. Muitas vezes a intolerância é causada pela produção insuficiente ou ausente do organismo de enzimas digestivas. O exemplo mais comum é a intolerância ao leite de vaca, quando o organismo não produz quantidades suficientes da enzima lactase para a metabolização do açúcar do leite, a lactose.

Alimentos mais freqüentemente causadores de intolerância: o glúten, a lactose, frutos do mar, corantes, conservantes e intensificadores de sabores.

Sintomas: Os sintomas apresentados pela intolerância alimentar são semelhantes aos da alergia alimentar como: diarréia, cólicas abdominais, náuseas e vômitos.

Diagnóstico: O diagnóstico da intolerância alimentar é geralmente feito a partir de um levantamento clínico do paciente, incluindo freqüência alimentar, exame físico, testes  bioquímicos e imunológicos.

Tratamento: O tratamento da intolerância alimentar consiste na exclusão dos alimentos dos quais há intolerância. É importante fazer a reposição dos nutrientes mais importantes através da substituição dos mesmos na dieta diária. Outra preocupação é a de ler no rótulo a composição do produto e verificar se existe algo que não é tolerado.
         O acompanhamento pelo médico e o profissional nutricionista é de extrema importância, tanto na alergia quanto na intolerância alimentar, para um tratamento correto e consequentemente ganho na qualidade de vida do paciente.

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