A depressão é um dos males da vida moderna, atingindo principalmente as mulheres. O tratamento é complexo e inclui: terapia psicológica, terapia medicamentosa, atividade física e alimentação adequada. A questão da nutrição ter relação com a depressão vem sendo estudada com mais afinco nos últimos anos, por causa de diversas funções cerebrais que dependem de um balanço de nutrientes adequado.
A depressão está muito ligada à produção de serotonina, hormônio muito conhecido como sendo o do “humor”.
Uma vida agitada, estressada e uma má alimentação acaba por diminuir a produção deste hormônio, agravando os quadros relacionados a esta doença. O que poucos sabem é que cerca de 90% da serotonina é produzida no intestino, isso quer dizer que um intestino saudável e regular contribui para a melhora dos quadros de depressão, não é de se espantar porquê das pessoas que sofrem de intestino irregular tem humor mais alterado. Regular o intestino é o primeiro passo, e muitos já sabem como fazer para melhorar seu funcionamento, certo?
Alguns micronutrientes apresentam papel importante nas funções cerebrais que tem relação com o quadro de depressão. Seguem alguns deles:
Vitamina B1 - imita a acetilcolina (neurotransmissor) e possui papel nas funções cerebrais relacionadas com memória e cognição. Sua falta pode levar a depressão. Alimentos fonte: ervilhas, feijão, pão integral, cereais integrais, nozes, peixes, amendoins.
Vitamina B6 - Essa vitamina ajuda no metabolismo dos aminoácidos, sendo essencial para o metabolismo do triptofano, que é um produto essencial para produção de serotonina, o neurotransmissor do bem estar. Alimentos fonte: aveia, gérmen de trigo, banana, leite.
Vitamina B12 - importante para boa manutenção do sistema nervoso. Sua deficiência causa disfunções nervosas, atividade mental inoperante e tem sido associada com depressão. Alimentos fonte: carne vermelha, ovos, peixe, leite.
Ácido Fólico – importante papel para o desenvolvimento do sistema nervoso fetal. De 31% a 35% dos pacientes depressivos têm deficiência de ácido fólico. Alimentos fonte: verduras de folha verde, vísceras, legumes, frutos secos.
Colina - componente da lecitina de soja, é crítico para a memória, aprendizado e clareza mental. A produção de membranas celulares e o neurotransmissor acetilcolina dependem deste componente. Alimentos fonte: lecitina de soja, ovos.
Ômega 3 - papel crítico no desenvolvimento cerebral e visão dos lactentes. Pesquisas associam a depressão a baixos níveis sanguíneos de ômega-3. Alimentos fonte: espinafre, óleo de soja, peixes.
Triptofano - essencial na produção de serotonina, neurotransmissor do bem estar. Alimentos fonte: banana, chocolate com maior teor de cacau, mel, aves, peixes, leguminosas e nozes.
Com um pouco de cada um destes alimentos na alimentação diária associada a prática de atividade física, a depressão ficará mais longe de sua vida. Mas de nada adianta ingerir alimentos fonte de triptofano e de outros nutrientes, citados acima, se fizermos somente 3 refeições ao dia, o segredo é o fracionamento, pois comer estes alimentos a cada 3 horas mantém o fornecimento de triptofano mais estável e melhor.
Estudos relacionam também a relação de glúten com a depressão, por isso é interessante para indivíduos em tratamento diminuir a ingestão e, até muitas vezes, excluir por um tempo os alimentos que contém glúten de sua dieta, tais como pães, massas em geral, tortas....
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