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domingo, 18 de setembro de 2011

Deficiência de Vitamina D em Idosos

A vitamina D é um hormônio esteróide essencial para a homeostase do cálcio e metabolismo ósseo. As fontes de vitamina D são primariamente produção cutânea e ingestão alimentar. Hipovitaminose D pode resultar da inadequada exposição solar e/ou dieta pobre em vitamina D.
Em nossa região a fonte dietética é escassa pois alimentos como peixe com alto teor de gordura são pouco consumidos em nosso meio e mais encontrados em regiões frias do hemisfério norte. Não há uma legislação no Brasil, como a da Noruega por exemplo, que fortifique os alimentos com quantidade suficientes de vitamina D. Além disso, a suplementação oral da vitamina é uma medida pouco difundida por médicos e nutricionistas.
 Embora a deficiência severa de vitamina D que produz raquitismo e osteomalácia seja rara em nosso meio, há evidências de que é freqüente a deficiência subclínica desta vitamina na população idosa. Dados de vários países estão disponíveis e sugerem que a ocorrência de níveis baixos de 25-OH-D em indivíduos idosos é mais freqüente do que se imaginava, chegando a 80% em mulheres aos 80 anos que vivem institucionalizadas na
Holanda e a 90% entre idosos franceses. Mais recentemente, estudo realizado com aproximadamente 1600 homens idosos americanos, demonstrou uma prevalência de deficiência de vitamina D (<20ng/ml) em
26% dos homens estudados, e de insuficiência (<30ng/ml) em 76%. A deficiência foi mais comum nos mais idosos (>80 anos), obesos, sedentários  e nos que moravam em grandes latitudes.
A deficiência subclínica de vitamina D pode contribuir para o desenvolvimento de osteoporose. Está associado também com o aumento do risco de fraturas e quedas nos idosos, diminuição da função imune, dor óssea, e provavelmente com câncer de cólon e doenças cardiovasculares. Há relatos também da associação de deficiência vitamínica com psoríase, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, esquizofrenia, diabetes mellitus e depressão.
O consumo mínimo de 200UI de vitamina D é recomendado pelas autoridades públicas americanas. Entretanto, em virtude do aumento das evidências dos efeitos deletérios da deficiência subclínica de vitamina D, ingestão acima da "ingestão adequada" é particularmente recomendada, principalmente em idosos.
Ao menos que uma pessoa alimente-se frequentemente com óleo de peixe, é muito difícil que se consiga uma "ingestão adequada" com as fontes alimentares comuns em nosso meio. Por outro lado, exposições solares excessivas que poderiam ser benéficas por um lado, aumentam o risco para câncer de pele.
Por fim, em vista das evidências atuais, frente às associações com diversas doenças, sugere-se que todos os idosos tenham seus níveis de vitamina D aferidos regularmente. A correta suplementação, quando necessária, deve ser realizada exclusivamente por médicos e nutricionistas, em vista da necessidade de monitorização dos seus níveis, para que se possam evitar possíveis efeitos colaterais.

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