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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Alimentação para a Síndrome de Down

Síndrome de Down é uma condição genética caracterizada pela presença de três cópias do cromossomo 21, sendo também conhecida como Trissomia do cromossoma 21. Essa condição leva ao portador a apresentar uma série de características específicas muitas das quais fazem com o que o acompanhamento nutricional auxilie na qualidade de vida do portador.
Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune, que descobriu uma cópia extra do cromossoma 21.
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento
Os músculos do portador da Síndrome de Down apresentam uma hipotonia, condição que pode estar presente inclusive naqueles envolvidos no processo digestório. Por este motivo, a constipação intestinal é comum. Alguns portadores, especialmente crianças, têm dificuldade de mastigação.
O consumo de alimentos pode ser elevado devido à dificuldade em se sentirem saciados. Por todos estes motivos, o ganho de peso é uma preocupação freqüente quando se faz o acompanhamento do portador, já que este dificulta as atividades da criança (brincar, correr) e está relacionado ao agravamento de problemas cardíacos. O cuidado nutricional deve focar o controle do peso.
A educação nutricional, por meio de atividades próprias para a idade, é extremamente importante para que as crianças aprendam a se alimentar. No adulto, a reeducação alimentar também é indicada. Uma nutrição adequada evita problemas futuros e tranqüiliza a família. A incorporação de bons hábitos alimentares deve ser gradual e contínua, daí a importância do nutricionista no processo.
A avaliação nutricional inclui várias etapas. A primeira é a análise alimentar, na qual a nutricionista saberá um pouco sobre hábitos, horários, preferências e limitações. A segunda parte é destinada avaliação antropométrica na qual a nutricionista fará a aferição de peso, altura e composição corporal. As crianças com Síndrome de Down possuem, em geral, um ritmo de crescimento e desenvolvimento inferior, se comparadas às crianças não portadoras. Por isto, é importante que estas sejam avaliadas de forma específica. A análise destes dados deve ser feita pelas s curvas de crescimento específicas para a população com Síndrome de Down conhecidas como curvas de crescimento de Mustacchi e de Cronk et al.
A alimentação de portadores da Síndrome de Down segue os princípios da alimentação saudável. A dieta deve ser fracionada ao longo do dia para que sejam evitados os excessos em cada refeição. Os pais devem proporcionar um ambiente calmo e a criança deve ser estimulada a mastigar bem os alimentos e comer devagar. O trabalho com o fonoaudiólogo poderá auxiliar no processo mastigatório. As refeições devem ser equilibradas e planejadas de acordo com as características específicas como peso, estatura e após análise de exames laboratoriais. Em geral, os pratos devem ser atrativos e coloridos e deve-se incentivar o consumo de frutas, verduras e hortaliças, restringir a quantidade de massas, doces e refrigerantes.
A dieta rica em fibras é indicada não somente para controle da quantidade ingerida (já que promove saciedade) como também para auxiliar no trânsito intestinal. Deve ser acompanhada de líquidos, especialmente água e sucos naturais.
A inclusão dos alimentos funcionais, como uva roxa, alimentos ricos em ômega 3 (peixes, linhaça) , azeite previne doenças cardiovasculares. A prática da atividade física com a dieta associada, é útil para o controle do peso.

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